quinta-feira, 30 de abril de 2009

Organizadas de Minas terão que se enquadrar em Termo de Ajuste de Conduta

Do Portal Uai

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira, o Ministério Público de Minas Gerais definiu que as Torcidas Organizadas do estado terão que se enquadrar a um ‘Termo de Ajuste de Conduta’ (TAC). O documento prevê que as agremiações que possuírem mais de 500 integrantes deverão passar por uma reforma estatutária, tornando-se associações civis. Dentre as medidas previstas pelo TAC, está o cadastramento eletrônico dos membros e a emissão de carteiras de identificação.

“As organizadas terão que fazer o cadastramento de todos os seus membros de forma digital e entregá-los ao clube, à federação mineira de futebol e à Comovec. Elas também terão que emitir uma carteira de identificação de cada um de seus membros. Isto acabará com a dúvida sobre se alguém ou não associado. Ao adentrar ao estádio portando uma camisa de uma organizada, o torcedor também deverá portar uma identificação de que efetivamente faz parte dela. Caso contrário, o torcedor pode ser impedido de entrar no estádio com aquela camisa”, afirmou o promotor José Antônio Baêta em entrevista à Rádio Itatiaia.

Pelo TAC, as torcidas organizadas se comprometem, principalmente, a evitar a violência, tumultos, brigas, vídeos que incitem violência, frases de baixo calão ou de conteúdo difamatório, apologia ao crime ou contravenção penal, atentado contra o pudor público, dentre outras atitudes que comprometam a pacífica e ordeira realização do evento. A torcida organizada que não cumprir os artigos previstos pelo termo poderá ter suspenso seu direito de entrar nos estádios.

“Cada estatuto tem que prever a punição a seu membro que praticar atos que vão contra a origem do estabelecimento daquela associação. A partir do momento que um membro não cumprir com sua obrigação, ele terá que ser expulso. Caso contrário, a torcida será punida como um todo, podendo até ser suspensa de frequentar o estádio”, acrescentou Baêta.

Das 35 torcidas organizadas convocadas para assinatura do TAC, 15 já assinaram o documento: Galoucura, Máfia Azul, Camargalo, Cruchopp, Dragões da FAO, Esquadrão Atleticano, Força Atuante Celeste, Galo Metal, Galodum, Medgalo, Motozeiros, Movimento 105 minutos, Cachazeiros, Caeté Galo e União Celeste.

O prazo para a adequação das demais torcidas ao Termo de ajuste de conduta é de 120 dias.

*Dica do Jason Urias

terça-feira, 28 de abril de 2009

Vim, (pouco) vi, venci


A Vila Belmiro concebeu Pelé, o maior jogador da história do esporte coletivo mais popular do mundo. E no último domingo abriu espaço para a saudação de uma majestade visitante, ingrata aos mais acalorados, aceitável aos santistas mais amenos, que privilegiam mais a modalidade como um todo. Para nós, corintianos que ali vimos in loco mais uma provação de Ronaldo Nazário, um enredo indescritível.

Tecer mais palavras sobre as duas obras primas do Fenômeno, a segunda mais inimiginável aos mortais - talvez Edson, dos seus camarotes, tenha achado normal -, não é necessário. Estabeleçamos, aqui, o propósito desse nosso espaço. Falemos, então, das condições do espaço aos visitantes - onde fiquei, ao lado dos aproximadamente mil outros fieis - e do tratamento da Polícia local.

Começemos pelo último. E com menção positiva, tal qual ocorrera aos rivais alviverdes quando se fizeram presentes no estádio santista, pelas semifinais do Estadual, na voz de meu amigo Emerson Fávaro.

À distância, já que não desci a serra junto às organizadas em seus ônibus, vou direcionar o olhar ao que rolou lá dentro. Espaço apertado para os corintianos, mas nenhuma ocorrência mais grave, aparentemente. Fim de jogo, mais de uma hora de espera, no escuro, procedimento comum na Baixada. Não havia possibilidade de deixar tal quadrilátero, sequer para ir ao banheiro. Entretanto, não presenciei nenhuma revolta mais exacerbada. Talvez Ronaldo tenha relevância nessa condição.



Condição do banheiro masculino destinado aos visitantes não é dos melhores. Mas também nem um pouco diferente do que se encontra em outras praças da capital, como Pacaembu e Morumbi, por exemplo



Problema, sim, é entrar no mesmo. A passagem para o "urinol" é baixa e apertada. Em uma situação emergencial e de tumulto, podem ocorrer dificuldades e acidentes

Aí vamos a campo. Ronaldo. Quem viu, viu. Mas mesmo quem lá estava, teve dificuldades de ver. Pois o ponto-cego promovido pela grade que separa os visitantes (no caso, os corintianos) dos santistas, na arquibancada superior do Urbano Caldeira, impossibilita a visão de boa parte da grande área e do lado direito do gramado.

De onde estava, por exemplo, só soube que os anfitriões diminuíram o placar porque, óbvio, houve a catarse da maioria, e Felipe se rebatia no chão, lamentando a sua participação no tento.


Olhando para baixo, e para frente, vê-se o gol. Mas a ponta esquerda do ataque...


No mais, situações normais. Que, é verdade, não devem - ou não deveriam - ser tratadas dessa forma. Não há assentos, muito menos numeração, a estrutura e disposição dos degraus é precária, com iminentes possibilidades de quedas para o lance inferior, em especial nos momentos de comemoração. São raros os ambulantes que passam vendendo. Água. Bastaria. Mas foi difícil. Assim é Corinthians, né?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Torcida no boteco

Como na Casa do Torcedor o protagonista é o apaixonado por futebol, nada melhor do que postar esse vídeo de CarlosCarlos em um boteco do Brooklin falando sobre futebol com a rapaziada. É do Videoblog Bola e Arte. Acesse!

Aqui não é Europa


Foto da Agência Estado flagra protesto justo e bem-humorado de torcedores do Santos na Vila Belmiro. Apesar dos preços abusivos das entradas para o jogo contra o Corinthians, todos os ingressos já se esgotaram.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Torcedores denunciam esquema de venda ilegal de ingressos no Botafogo

Do Globoesporte.com

Funcionários do clube estariam comercializando as entradas para a final do Carioca a preços mais altos na sede do Glorioso, General Severiano

A venda de ingressos para a primeira partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Botafogo, neste domingo, no Maracanã, às 16h, começou com confusão na sede de General Severiano. Alguns torcedores que estavam na fila reclamaram que funcionários do clube estavam vendendo ingressos a preços mais altos na portaria principal.

- Eles estão vendendo ingressos de R$ 20 (meia-entrada) por R$ 50 para quem não quiser ficar na fila. Estou aqui há duas horas esperando para comprar a minha entrada. Enquanto isso, fico vendo os seguranças do clube acobertando essa fraude. Já liguei para a polícia avisando e espero que alguém venha acabar com essa vergonha - disse Jorgemar Moreira Brito, torcedor do Botafogo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Convite à burguesia santista

O Santos Futebol Clube, na figura de seu ilustre presidente Marcelo Teixeira, convida a alta burguesia da cidade de Santos para a partida de futebol entre as agremiações de Santos e Corinthians, a ser disputada no domingo próximo, dia 26 de abril do ano de dois mil e nove, no Estádio Urbano Caldeira, como parte das disputas finais do Campeonato Paulista de Futebol.

Segue abaixo a tabela de preços:

Arquibancada: R$ 80,00.
Cadeiras laterais: R$ 200,00.
Cadeiras de fundo: R$ 150,00.
Setor Vip: R$ 180,00 (apenas com cartão de crédito e pelo sítio www.futebolcard.com).

Recomenda-se traje esporte fino.

A comercialização dos bilhetes para o evento terá início na quinta-feira próxima, dia 23 de abril do ano de dois mil e nove.

domingo, 19 de abril de 2009

Torcedor relata violência em estádio de Campo Grande-MS

O e-mail que reproduzo abaixo foi enviado pelo estudante Vinícius Squinelo ao jornalista Emerson Gonçalves, autor do blog Olhar Crônico Esportivo, do portal Globoesporte.com.

Trata-se de um relato sobre um episódio de violência ocorrido nos arredores do estádio Morenão, em Campo Grande-MS, onde Corinthians e Misto se enfrentaram na última quarta-feira pela segunda fase da Copa do Brasil.

Emerson publicou o e-mail (veja o post) e eu o reproduzo aqui na Casa do Torcedor. Como me disse o próprio Emerson “Esse tipo de denúncia é importante, pois são ‘pequenos’ acontecimentos que ninguém enxerga, ninguém fica sabendo”.


“Emerson, sou campo-grandense (MS), Corintiano fanático desde bebê, e pra completar a mistura, faço último ano de jornalismo na Universidade Federal da cidade. Mas não é sobre minha pessoa que este e-mail se destina a falar, e sim sobre o jogo de ontem (quarta-feira, dia 15/04) realizado aqui na cidade, entre meu time de coração e o Misto, da cidade de Três Lagoas (MS), realizado no Estádio Morenão.

E realmente não é propriamente o jogo que interessa nessa situação.

Fui assistir ao jogo, e não posso me eximir de fazer uma nota de repúdio à atitude tomada por uma organizada do Timão, a Pavilhão 9, que não merecia nem usar o nome do meu time de coração.

Logo na entrada, essa organizada chegou com um ônibus próprio (são aqui de Campo Grande mesmo), eles avistaram um torcedor com a camisa do Palmeiras, que foi, prontamente e barbaramente, espancado, na frente de todos; tumulto que só foi encerrado com a chegada da PM. Sem exageros, eram no mínimo 20 homens (se é que podem usar esse nome) batendo em um coitado, palmeirense, mas ser humano como qualquer um.

O jogo correu tranquilamente, sem complicações (claro, com a já tradicional má organização brasileira, como 20 mil pessoas saindo de um estádio por um portão único). A Gaviões da Fiel fez uma festa linda; terminado o jogo, juntou seus instrumentos e foi embora.

Já a outra organizada já citada, a Pavilhão, nem juntou seus instrumentos (porque não os possuía) e nem foi realmente embora. Apenas avançaram uma quadra, até um bar super-cheio e conhecido da cidade, e armaram uma baderna. Qualquer um que não fosse corintiano era hostilizado; e se estivesse com a camisa de outro time (em especial os de São Paulo) eram, quando não segurados por pessoas normais, agredidos. A PM foi chamada, dessa vez por minha pessoa (por ser amigo do santista dono do bar), quando chegaram relataram que em 10 minutos receberam cerca de 8 ocorrências contra essa organizada. A mesma que ao ver a polícia pegou seu ônibus, e foi tranquilamente embora, acompanhada por dois carros da Polícia.

Nenhum foi detido, preso ou semelhante.

Desculpe o incômodo, mas como apaixonado por futebol, e pelo meu Timão, não posso deixar de relatar um fato tão absurdo, mesmo que “comum” no Brasil, ocorrido em minha cidade natal, que cá entre nós não possui uma característica de violência desse modo.

Desprezo realmente organizadas como essas, que sujam o nome de torcedores que querem se divertir, inclusive com torcedores de outro time (quer coisa melhor que brincar com um são-paulino depois de domingo?).

Agradeço a atenção,
Vinícius Squinelo”

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Aplausos à PM em Santos


O relato parte de quem esteve no setor de visitantes da Vila Belmiro, palco na semana passada do primeiro duelo semifinal entre Santos e Palmeiras, pelo Campeonato Paulista.

Meu grande amigo palestrino, Emerson Fávaro, que frequenta eventualmente a Mancha Verde, principal organizada palmeirense, e, por isso, assiste às partidas do seu time próximo à parte majoritária do grupo, já sofreu com maus tratos em várias praças esportivas. Em especial quando a casa é do adversário. Mas cenas de violência e desrespeito ao torcedor não foram presenciadas por ele na Baixada.

"A polícia de Santos é algo fora do comum. Tratam muito bem o torcedor, na base da conversa, não tivemos qualquer problema lá", garantiu ele, que desceu a serra de carro, placa da capital, com outros companheiros.

"Chegamos em Santos, aí parei o carro na rua da torcida do Palmeiras, eu e mais dois carros de amigos. Eu estacionei mais perto do estádio, eles um pouco mais longe. Quando vieram uns santistas e começaram a provocar. Queriam brigar e a polícia só assistiu", relata.

"E?", perguntei a ele.

"Nada", respondeu. "A polícia se aproximou dele, o afastou, dialogando, e pôs fim a qualquer princípio de tumulto".

Dentro da Vila, Emerson subiu em cima de uma grade, em determinado momento do jogo. O policial se aproximou e pediu, por favor, para que não permanecesse naquele local, pois "o sargento pegaria no pé dos comandados..."

"Na maior humildade do mundo, uns conversando sobre futebol, a policial feminina ajudando a vendedora na contagem do dinheiro, já que era muita gente pedindo água. Gostei muito", completou.

A avaliação desse meu amigo, sem qualquer embasamento científico, lógico, mas suportada pelo sentimento, de alguém que transita por alguns estados do país, é que isso tenha a ver um pouco com a qualidade de vida dos policiais. Praia, uma cidade com trânsito bem menor, em um paralelo com SP, por exemplo, beneficiaria essa "complacência" em um momento de tensão.

"A mesma coisa acontece no Rio de Janeiro. A policia é muito, muito diferente da nossa. Os caras me desejaram até 'bom jogo' na hora da revista", comparou, em referência a um duelo diante do Fluminense, no Brasileiro do ano passado.

Fica o registro. Sábado, a disputa decisiva ocorrerá aqui no Palestra Itália. Torçamos para que incidentes de maior proporção não ocorram.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre escoltas das organizadas no Rio

Publico abaixo um comentário de um leitor e amigo, o jornalista Cauê Rademaker, em um post do dia 29 de março, “Tiroteio deixa três baleados em arredores do Maracanã”.

Coloco no blog só agora porque o comentário foi feito há poucos dias e ganha relevância nas finais do Estadual do Rio, em que serão disputados um ou três jogos mais, todos entre Botafogo e Flamengo.

O texto trata das diferenças de tratamento dado pela polícia às diferentes organizadas do Rio.

“Eu estava no Maracanã (no dia 29 de março). Fui nesse Flu x Botafogo e no Flu x Vasco do primeiro turno. Engraçado que em ambos as torcidas organizadas do Flu chegaram escoltadas pela polícia e as de Vasco e Botafgo não. Qual o motivo?

Muito estranho isso. Contra o Vasco, a Força Jovem atravessou as duas pistas da Radial Oeste sem ser incomodada e começou a atirar pedra em tricolores que estavam no anel. Detalhe: havia idosos, mulheres, crianças no anel e tiveram de correr das pedras. Minutos depois que a polícia apareceu dispersando os marginais.

Nesse tiroteio entre Flu e Botafogo, a Young Flu, maior torcida tricolor, ficou retida na Leopoldina e veio acompanhada pela Policia, só podendo entrar minutos antes do jogo. Uma hora antes, a Fúria Jovem, torcida alvinegra, deu a volta tranquilamente no Maracanã sem ser importunada e, munida de paus, pedras e armas, partiu para cima de torcedores "comuns" do Fluminense.

Garanto a vocês: se não fosse a Força Flu, torcida tricolor presente, o estrago teria sido muito maior, pois os integrantes da Força Flu conseguiram "segurar a invasão" botafoguense. Engraçado que pelo segundo clássico seguido entre Flu e Bota a Fúria Jovem dá a volta no estádio sem ser importunada e as torcidas tricolores chegam escoltadas, o que deveria ocorrer com todas.

Por que será?”

Em tempo: Cauê foi ver o último Fla x Flu no Maracanã. Segundo ele, nesse jogo em especial as duas torcidas foram escoltadas. O resultado final foi bom. “Nunca vi um Fla x Flu tão tranquilo”, diz.

Policial atira em estudante em Fortaleza; imprensa havia colocado culpa em torcedores organizados

Uma universitária de 22 anos foi atingida por uma bala perdida em frente a Universidade Estadual do Ceará, em Fortaleza, na última quarta-feira, quando estava em uma parada de ônibus. Logo após o crime, a imprensa noticiou que a bala “teria” sido disparada por integrantes de torcidas organizadas que estavam dentro de um ônibus. É o que se pode ver em matéria do site de O Globo e Portal Verdes Mares.

Mas na noite desta quinta-feira, foi identificado pela polícia o autor do disparo. E não foi nenhum torcedor, mas sim um policial quem atingiu a estudante.

Interessante é notar que a imprensa não mostrou a fonte da informação de que o tiro havia sido feito por um torcedor organizado. Provavelmente essa informação foi da própria polícia, que hoje vê um de seus integrantes como culpado desse absurdo.

Infelizmente, a estudante Francisca Nádia Nascimento Brito, que nada tem a ver com a violência das torcidas, os abusos e o mau preparo policial e com a incompetência e preconceito da grande imprensa, está entre a vida e a morte. A jovem de 22 anos está em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.

domingo, 12 de abril de 2009

PM não registra incidentes durante o clássico

A notícia abaixo é da Agência Estado. Fico ainda no aguardo de quem esteve no Pacaembu, corintianos e são-paulinos.

“Ao contrário da partida entre São Paulo e Corinthians na primeira fase do Campeonato Paulista, o jogo deste domingo, no Pacaembu, não teve maiores confusões. Ocorreram apenas as provocações típicas de um clássico.

Alguns rojões foram explodidos no setor onde estava a torcida visitante e foram apenas observados pelos corintianos nas outras partes do estádio - a confusão do outro jogo se deu depois da explosão de uma bomba. "Como prevíamos, correu tudo bem. Deu a regra", afirmou, aliviado, o tenente-coronel Hervando Velozo, chefe do policiamento.

O setor lilás, onde ficaram os 2 mil são-paulinos, era o que mais preocupava. O promotor Paulo Castilho acompanhou o jogo pessoalmente do local e gostou do que viu. "O que nós percebemos após a redução do número de torcedores visitantes (pouco mais de 5% do estádio foi reservado para a torcida do São Paulo) foi que a torcida não aceitava e criava uma confusão na saída. Hoje o ponto está reforçado e está sendo filmado e também estamos acompanhando pessoalmente a saída", disse Castilho.

O promotor voltou a defender a diminuição do espaço para as torcidas adversárias em jogos no Estado. Os últimos confrontos transcorreram normalmente, mas durante o Brasileiro a carga de ingressos para os visitantes aumentará para 10%, quantidade que está no regulamento.

"Se reduzindo o público, a gente consegue dar mais segurança, esta medida é justificada. Isto é uma tendência europeia e a gente sente que reduz os conflitos. Acho que esta é uma tendência, ao menos neste momento".”

Obs: Isso não apaga a irresponsabilidade da atitude do Cristian depois do gol. O jogador, que provocou a torcida são-paulina, merece, aliás, ser punido pelo gesto, que poderia ter repercussões graves nas arquibancadas.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

PM sugere e semis do Paulista terão público reduzido

Do Jornal da Tarde

“Por sugestão da Polícia Militar, os dois jogos semifinais do Campeonato Paulista terão público menor do que Vila Belmiro e Pacaembu podem receber.

O jogo entre Palmeiras e Santos, sábado, na Vila, terá apenas 18 mil ingressos, 3,4 mil a menos do que o estádio comporta - as vendas começaram nesta quarta-feira.

Para Corinthians e São Paulo, domingo, haverá apenas 35 mil entradas disponíveis. A capacidade do Pacaembu é de 37.952.

O Corinthians começa a vender nesta quinta os ingressos para o clássico. Até quarta à noite, cerca de 2.500 bilhetes haviam sido comercializados para integrantes do projeto sócio-torcedor do clube."

Pelas nossas estimativas, 90% das vendas foram para arquibancada", comentou Lúcio Blanco, coordenador de arrecadação do Corinthians. Os preços variam de R$ 30 a R$ 150.

O São Paulo também começa a vender nesta quinta, apenas no Morumbi, as 2 mil entradas a que tem direito para o clássico. A maioria será destinada para as torcidas organizadas.”

Mais da metade de ingressos para palmeirenses é vendida na Vila Belmiro

Boa parte dos torcedores palmeirenses que quiserem assistir ao jogo de sábado contra o Santos pela semifinal do Campeonato Paulista vai ter que comprar seu ingresso na própria Vila Belmiro.

Isso porque dos 1200 ingressos destinados à torcida alviverde, 700 estão sendo vendidos na própria Vila Belmiro.

Não faço a menor ideia do motivo pelo qual o Santos não deu todos os ingressos na mão da diretoria do Palmeiras para esta vendê-los (ou distribuí-los). Criou mais um problema à toa e pode gerar confusão na venda desses bilhetes na Vila.

A diretoria do Palmeiras ficou, portanto, com os outros 500 ingressos, os quais tem que disponibilizar em cinco pontos diferentes de venda, conforme orientação do Ministério Público.

Veja abaixo carta em que a diretoria do Palmeiras repudia a atitude da cúpula santista e se diz, por causa dela, impossibilitada de cumprir uma norma acordada entre os clubes finalistas do Paulistão.

“Ao Exmo. Sr. Presidente da Federação Paulista de Futebol

Vimos por meio desta comunicar esta entidade que, conforme decisão da reunião do conselho arbitral, do último 06/04, ficou deliberado em ata que o clube visitante, por orientação do Ministério Público, deveria disponibilizar 5 pontos de venda de ingressos.

Ao Palmeiras coube a quantidade de 1.200 ingressos para o jogo da Vila Belmiro no próximo sábado, dia 11/04.

Para nossa surpresa, no final da tarde de terça-feira (07), fomos informados pelo setor de arrecadação do Santos F.C. que teríamos direito a somente 500 ingressos e que o restante seria vendido pelo próprio Santos F.C.

Desta forma, ficamos impossibilitados de cumprir o Estatuto do Torcedor, bem como com a decisão deste nobre Conselho.

Por fim, lamentamos profundamente tal atitude e aguardamos orientação desta entidade para as providências que deveremos tomar no sentido de cumprir o Estatuto do Torcedor e com a deliberação do Conselho Arbitral, tendo apenas 500 ingressos para 5 pontos de venda nesta Capital.

Atenciosamente,Gilberto CipulloVice-Presidente Sociedade Esportiva Palmeiras”.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Resultado

A primeira enquete da Casa do Torcedor foi encerrada na noite da última terça-feira. Perguntamos aos nossos leitores se eram favoráveis ao cadastramento de torcedores no futebol brasileiro.

Dos 26 votos que tivemos, 17 (65%) responderam que sim, contra 7 (26%) que se mostraram contrários ao projeto. Dois (7%) não têm ainda opinião formada sobre o assunto.

A enquête não tem qualquer valor científico e o número de votos é um universo bem pequeno até para o número de leitores do blog, que por sinal vem crescendo a cada dia.

Mas o resultado mostra que a proposta do cadastramento, presente no projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso, que reformula o Estatuto do Torcedor, não é nenhum absurdo como quiseram retratar certos órgãos de imprensa.

Falando nisso: relembre aqui a coluna do Fernando Rodrigues sobre o assunto na Folha.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pernambuco fecha acordo com ingleses para aumentar segurança nos estádios

Os episódios de violência flagrados no clássico pernambucano entre Sport e Santa Cruz, realizado no último domingo, mostraram a fragilidade do esquema de segurança preparado para jogos entre times de grandes torcidas.

Por isso, as autoridades locais decidiram colocar em prática uma estratégia que pode revolucionar a ação policial em Pernambuco: um convênio com autoridades britânicas para a troca de experiências.

A definição do acordo aconteceu na sede do Ministério Público de Pernambuco, aproveitando que os representantes das instituições inglesas estavam no Recife para participar do 1º Seminário "Torcendo pela Paz", realizado na última semana.

“Com esse convênio de cooperação, representantes da nossa polícia vão para Londres trabalhar lado a lado com a polícia inglesa. A mesma coisa vai acontecer com os nossos procuradores, promotores e juízes”, comentou Aílton Alfredo de Souza, juiz coordenador do Juizado Especial do Torcedor.

Os ingleses podem ser considerados especialistas no assunto. Na década de 1990, eles conseguiram exterminar os holligans, torcedores que assombravam os estádios do país. Desde então, o futebol da Inglaterra passou a ser exemplo de segurança.

“Recebemos de bom grado essa declaração de interesse de cooperação. O nosso tribunal está à disposição para viabilizar, junto às demais instituições envolvidas, os mecanismos de política pública que interessam a este convênio”, afirmou o desembargador Jones Figueiredo, presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

A comitiva inglesa foi composta pelo inspetor chefe da Metropolitan Police, Richard Woolford, pelo assistente diretor da mesma instituição, Chris Broone, peloo chefe de segurança dos estádios da Federação Inglesa de Futebol, Chris Whalley, pelo procurador geral de Justiça em Londres, Simon Clements, pelo procurador geral de Justiça em Wessex, Nick Hawkins, e por Jospeph Oakeshott, relações públicas da Federação Inglesa de Futebol.

domingo, 5 de abril de 2009

Inter dificulta a venda de meia-entrada para estudantes e idosos

Veja matéria publicada na manhã deste domingo pelo site do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Mostra como, apoiado por brechas na lei de meia-entrada, a diretoria do Internacional dificulta a venda de meia-entrada.

“Um grupo de idosos e estudantes se concentra no Beira-Rio neste domingo à procura de ingressos para o Gre-Nal das 17h. Informados de todos os bilhetes se esgotaram no sábado, os torcedores se indignaram e se recusaram a ir embora. Segundo uma delas, Ecléia Falério Fortes, quem tentou comprar ingresso com desconto de 50% na sexta-feira foi orientado a voltar às 9h de domingo, porque só seriam vendidos bilhetes para idosos neste horário. Ecléia conta que alguns chegaram de madrugada para esperar o início das vendas.

De acordo com o diretor administrativo do Inter, Alexandre Limeira, o clube realmente só vende ingressos para idosos e estudantes no dia dos jogos, mas desta vez todos se esgotaram no sábado. Entradas com desconto só podem ser obtidas no dia da partida, mas caso ainda não tenham sido todas vendidas pelo preço normal.

— Não é obrigatório vender antecipado para idosos. Na final da Sul-Americana, por exemplo, vendemos tudo para sócios, nenhum torcedor normal pôde comprar. Em nenhum momento a lei municipal dos estudantes e o Estatuto do Idoso falam da compra antecipada. Como torcedor comum, ele pode comprar antecipadamente, mas pelo preço cheio — explica Limeira.

Segundo o dirigente, a venda antecipada não é feita, porque assim os ingressos caem na mão dos cambistas.

— Eles trazem uma Kombi cheia de estudantes, pagam R$ 2 para cada um e compram um monte de ingressos. É uma máfia. Tem pessoas que nunca vieram no Beira-Rio e aparecem para comprar ingresso. Olha o que aconteceu no jogo da Seleção — justifica.”

A lei municipal de Porto Alegre que versa sobre a meia-entrada para jovens é a Lei nº 9.989 de 5 de junho de 2006 (clique aqui para lê-la). Ela dá ao jovem o direito ao pagamento do ingresso com 50% de desconto em jogos de futebol, mas não fala nada sobre venda antecipada. O mesmo ocorre com o Estatuto do Idoso.

Mas eu pergunto: por que o Inter disponibiliza as meias-entradas somente nos dias das partidas e não antes? Claramente é para tentar evitar que esses ingressos especiais sejam vendidos e, assim, ter maior renda.

Porque essa desculpa de que é para os ingressos não caírem na mão de cambistas, como falou o dirigente colorado à reportagem do Zero Hora, não cola. Se tem uma coisa que clube nenhum no Brasil faz é dificultar a vida de cambistas, pelo contrário. E além do mais, esse não seria o meio adequado para combater os cambistas.

Aos torcedores que já se sentiram lesados com essa atitude da diretoria do Internacional, que poderia passar sem essa na semana do seu centenário, recomendo entrar em contato com o Procon de POA para saber o que pode ser feito.

Site: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/procon/
Rua dos Andradas, 686, Centro, Porto Alegre – RS
Fone: (51) 3289-1774
E-mail: procon@smic.prefpoa.com.br

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Presidente da Máfia Azul é preso com arma em BH

Segue matéria publicada no Portal Uai. A dica é do jornalista de Minas Rivelle Nunes, parceiro da Casa do Torcedor.

Ivan Satuf

O presidente da Máfia Azul, principal torcida organizada do Cruzeiro, foi preso por porte ilegal de arma de fogo no final da noite de quinta-feira. Alexandre Mendes da Silva, o “Tuté”, foi detido por policiais militares na Rua Flor de Cachoeirinha no Bairro Jardim Alvorada, Região Noroeste de Belo Horizonte, no final da noite de quinta-feira. Com ele foi apreendida uma pistola 765 com munição.

Os policiais desconfiaram da atitude do motorista, que trafegava por uma das ruas do bairro. Durante a abordagem, foi encontrada a arma na cintura do suspeito. Segundo a polícia, a pistola não tem registro.

Alexandre Mendes foi levado para a Delegacia Seccional Leste e, após prestar depoimento, foi encaminhado ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão. O presidente da Máfia Azul disse à polícia que comprou a arma para se defender, pois recebe constantes ameaças de morte.

Ainda de acordo com a polícia, o documento do carro e a carteira de habilitação do suspeito estavam vencidos. O caso foi encaminhado ao Detran.