Os episódios de violência flagrados no clássico pernambucano entre Sport e Santa Cruz, realizado no último domingo, mostraram a fragilidade do esquema de segurança preparado para jogos entre times de grandes torcidas.
Por isso, as autoridades locais decidiram colocar em prática uma estratégia que pode revolucionar a ação policial em Pernambuco: um convênio com autoridades britânicas para a troca de experiências.
A definição do acordo aconteceu na sede do Ministério Público de Pernambuco, aproveitando que os representantes das instituições inglesas estavam no Recife para participar do 1º Seminário "Torcendo pela Paz", realizado na última semana.
“Com esse convênio de cooperação, representantes da nossa polícia vão para Londres trabalhar lado a lado com a polícia inglesa. A mesma coisa vai acontecer com os nossos procuradores, promotores e juízes”, comentou Aílton Alfredo de Souza, juiz coordenador do Juizado Especial do Torcedor.
Os ingleses podem ser considerados especialistas no assunto. Na década de 1990, eles conseguiram exterminar os holligans, torcedores que assombravam os estádios do país. Desde então, o futebol da Inglaterra passou a ser exemplo de segurança.
“Recebemos de bom grado essa declaração de interesse de cooperação. O nosso tribunal está à disposição para viabilizar, junto às demais instituições envolvidas, os mecanismos de política pública que interessam a este convênio”, afirmou o desembargador Jones Figueiredo, presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
A comitiva inglesa foi composta pelo inspetor chefe da Metropolitan Police, Richard Woolford, pelo assistente diretor da mesma instituição, Chris Broone, peloo chefe de segurança dos estádios da Federação Inglesa de Futebol, Chris Whalley, pelo procurador geral de Justiça em Londres, Simon Clements, pelo procurador geral de Justiça em Wessex, Nick Hawkins, e por Jospeph Oakeshott, relações públicas da Federação Inglesa de Futebol.
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