sexta-feira, 17 de abril de 2009

Aplausos à PM em Santos


O relato parte de quem esteve no setor de visitantes da Vila Belmiro, palco na semana passada do primeiro duelo semifinal entre Santos e Palmeiras, pelo Campeonato Paulista.

Meu grande amigo palestrino, Emerson Fávaro, que frequenta eventualmente a Mancha Verde, principal organizada palmeirense, e, por isso, assiste às partidas do seu time próximo à parte majoritária do grupo, já sofreu com maus tratos em várias praças esportivas. Em especial quando a casa é do adversário. Mas cenas de violência e desrespeito ao torcedor não foram presenciadas por ele na Baixada.

"A polícia de Santos é algo fora do comum. Tratam muito bem o torcedor, na base da conversa, não tivemos qualquer problema lá", garantiu ele, que desceu a serra de carro, placa da capital, com outros companheiros.

"Chegamos em Santos, aí parei o carro na rua da torcida do Palmeiras, eu e mais dois carros de amigos. Eu estacionei mais perto do estádio, eles um pouco mais longe. Quando vieram uns santistas e começaram a provocar. Queriam brigar e a polícia só assistiu", relata.

"E?", perguntei a ele.

"Nada", respondeu. "A polícia se aproximou dele, o afastou, dialogando, e pôs fim a qualquer princípio de tumulto".

Dentro da Vila, Emerson subiu em cima de uma grade, em determinado momento do jogo. O policial se aproximou e pediu, por favor, para que não permanecesse naquele local, pois "o sargento pegaria no pé dos comandados..."

"Na maior humildade do mundo, uns conversando sobre futebol, a policial feminina ajudando a vendedora na contagem do dinheiro, já que era muita gente pedindo água. Gostei muito", completou.

A avaliação desse meu amigo, sem qualquer embasamento científico, lógico, mas suportada pelo sentimento, de alguém que transita por alguns estados do país, é que isso tenha a ver um pouco com a qualidade de vida dos policiais. Praia, uma cidade com trânsito bem menor, em um paralelo com SP, por exemplo, beneficiaria essa "complacência" em um momento de tensão.

"A mesma coisa acontece no Rio de Janeiro. A policia é muito, muito diferente da nossa. Os caras me desejaram até 'bom jogo' na hora da revista", comparou, em referência a um duelo diante do Fluminense, no Brasileiro do ano passado.

Fica o registro. Sábado, a disputa decisiva ocorrerá aqui no Palestra Itália. Torçamos para que incidentes de maior proporção não ocorram.

Um comentário:

Emerson disse...

Valeu, Brunão!

Parabéns pelo trabalho.