Escrevi há uma semana um post sobre o projeto de reforma do estádio Vivaldão, em Manaus. Chamei a nova arena, que seria construída com dinheiro público, de o mais novo elefante branco na Amazônia. Para reler o post, clique aqui.
Nos comentários, a arquiteta Lílian de Oliveira, que lançou recentemente o blog Gol da Arquitetura, para o qual recomendo sua visita, apresentou uma opinião diferente da minha, mas também interessante.
Como sou defensor da pluralidade de opiniões, publico agora um texto com os comentários da Lílian naquele post. Assim eles não ficam mais escondidos.
“Corre-se o risco de ser um elefante branco, mas acho que é questão de um bom estudo anterior à construção, ver se tem público, se o Amazonas conseguirá atrair mais shows, mais eventos, tendo um estádio tão bom quanto esse que foi apresentado.
Além disso, será que o futebol amazonense, tendo esse senhor estádio não terá mais um estímulo e condições para ser melhorado, quem sabe subindo para as primeiras divisões??? As verbas que vem através do estádio também podem ser usadas na compra de técnicos e/ ou jogadores que ajudem a melhorar o futebol de lá.
Concordo, sem dúvida, que educação e saúde, além de outras áreas são mais importantes que o futebol. Mas a construção de um estádio obriga ter um hospital com qualidade próximo, além de outros equipamentos.
Eu não acho que o templo que o estádio será é o que é realmente importante, mas os investimentos para a região que ele traz junto. Veja o entorno de qualquer estádio, ele sempre recebe muitos investimentos, principalmente do governo, e também traz muitos investimentos privados, geralmente de infra-estrutura urbana, equipamentos públicos, policiamento. Acho que esse é um ponto positivo da construção.
Se Manaus não for sede, o foco dos investimentos (principalmente o privado) vai para outro lugar. Manaus vai receber o de sempre, e não conseguir as mesmas coisas da mesma forma. Acho que é uma oportunidade.”
Aroeira e o unicórnio indiciado
Há 9 horas
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