sábado, 8 de agosto de 2009

MP aciona Bobô e engenheiro pelo acidente na Fonte Nova

Da Tribuna da Bahia


O diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares da Silva (o Bobô), e o engenheiro civil Nilo dos Santos Júnior, que ocupou o cargo de diretor da superintendência até o dia 29 de janeiro de 2008, terão mais uma vez de prestar esclarecimentos sobre a Fonte Nova.


O Ministério Público estadual (MP-BA) moveu, na última sexta-feira (07), uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra os dois, que são acusados de descaso na condução da solução dos problemas estruturais do estádio, que apresentava precárias condições na estrutura do concreto, o que propiciou o acidente do dia 25 de novembro de 2007, durante um jogo do campeonato brasileiro da série C, onde sete pessoas morreram e várias outras ficaram feridas com o desabamento de parte da arquibancada do anel superior da arena esportiva.


Segundo os promotores de Justiça Rita Tourinho e Adriano Assis, Bobô e Nilo dos Santos cometeram danos ao Poder Público, pois, mesmo constatada a gravidade da situação do estádio, foram realizadas medidas paliativas, inclusive com a adoção da dispensa de licitação. De acordo com os representantes do MP, houve uma “destinação equivocada de uma verba para realização de obras de fachada, quando tinham consciência da necessidade de efetivação de reformas estruturais no estádio”.


Na ação, os promotores citam também que os riscos da utilização do estádio para a prática desportiva já haviam motivado uma ação civil pública contra a Sudesb e o Esporte Clube Bahia, pela Promotoria de Justiça do Consumidor, quando, inclusive, foi pedida a interdição da Fonte Nova, sendo levados em consideração os relatórios da Polícia Militar, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.


Os promotores afirmaram que não há dúvida de que os acionados conheciam a situação precária do estádio e requisitaram que haja o ressarcimento do dano, pagamento de multa de até duas vezes o valor dele, entre outras sanções. Bobô e Nilo dos Santos ainda correm o risco de perda da função pública e cassação dos direitos políticos.

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