Esporte de elite?

Conferindo nesta terça notícias com tags que dizem respeito ao assunto deste blog, me deparo de cara com dois exemplos de desrespeito ao torcedor.

A diretoria do Bahia confirmou o valor dos ingressos para os jogos do Tricolor de Aço em sua nova casa, o estádio de Pituaçu, em Salvador. Nas partidas válidas pelo Estadual, as entradas para arquibancada custarão R$20, sendo que nos clássicos diante do Vitória e na semifinal e na final, o preço subirá para R$30.

20 ou 30 reais, certamente, não é pouco dinheiro para a grande maioria dos torcedores do Bahia, mas o que impressiona mais é o aumento em relação ao ano passado. Nos jogos da Série B do Nacional, disputados no estádio Jóia da Princesa, o preço era de R$10, 100% ou 200% a menos.

A diretoria do clube diz que a manutenção do estádio de Pituaçu motivou o aumento.

Jundiaí
Já a diretoria do Paulista vai cobrar R$ 50 para arquibancada e R$ 100 para cadeira especial para a partida diante do Corinthians, no Jayme Cintra, no dia 4 de fevereiro.

Esses valores, aliás, vão ser comuns agora quando times do interior enfrentarem o Corinthians, por causa da euforia gerada pela contratação do Ronaldo.

O problema é que ingressos caros são excludentes. Tiram de grande parte dos torcedores de menor renda o direito de torcer e apoiar o time do coração. São contra a essência do futebol que é, sobretudo, um esporte popular, e tem o poder de unir, agregar pessoas de todas as etnias, credos e classes sociais.

Minha opinião sobre esses abusos: não vá ao estádio. Proteste na frente dele. Quando esses cartolas virem o estádio vazio, vão pensar duas vezes antes de quererem elitizar o futebol.