domingo, 31 de maio de 2009

40 mil a mais


Por conta do anúncio das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, a diretoria do São Paulo inovou. Para a partida contra o temido Cruzeiro, disponibilizou os ingressos em troca de um quilo de arroz ou feijão e mais 1 real.

O resultado: 51.800 são-paulinos tomaram as arquibancadas do Morumbi e empurraram o time a bater o Cruzeiro por 3 a 0.

Veja só: no outro jogo do time no Nacional, com ingressos de arquibancada a 40 reais, houve apenas 11.554 pagantes. Com esse público, o São Paulo só empatou, por 2 a 2, com o fraco Atlético-PR.

Uma diferença (enorme) de 40 mil torcedores gritando a favor da equipe.

Moral da história: ingressos baratos atraem público e ajudam o time a vencer, além de não comprometerem as receitas do clube. Só não vê quem não quer.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Casa do Torcedor no Twitter

Salve torcedores,

Agora estamos no Twitter. O endereço é twitter.com/_casadotorcedor.

Sigam-me os bons.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Opinião diferente

Escrevi há uma semana um post sobre o projeto de reforma do estádio Vivaldão, em Manaus. Chamei a nova arena, que seria construída com dinheiro público, de o mais novo elefante branco na Amazônia. Para reler o post, clique aqui.

Nos comentários, a arquiteta Lílian de Oliveira, que lançou recentemente o blog Gol da Arquitetura, para o qual recomendo sua visita, apresentou uma opinião diferente da minha, mas também interessante.

Como sou defensor da pluralidade de opiniões, publico agora um texto com os comentários da Lílian naquele post. Assim eles não ficam mais escondidos.

“Corre-se o risco de ser um elefante branco, mas acho que é questão de um bom estudo anterior à construção, ver se tem público, se o Amazonas conseguirá atrair mais shows, mais eventos, tendo um estádio tão bom quanto esse que foi apresentado.

Além disso, será que o futebol amazonense, tendo esse senhor estádio não terá mais um estímulo e condições para ser melhorado, quem sabe subindo para as primeiras divisões??? As verbas que vem através do estádio também podem ser usadas na compra de técnicos e/ ou jogadores que ajudem a melhorar o futebol de lá.

Concordo, sem dúvida, que educação e saúde, além de outras áreas são mais importantes que o futebol. Mas a construção de um estádio obriga ter um hospital com qualidade próximo, além de outros equipamentos.

Eu não acho que o templo que o estádio será é o que é realmente importante, mas os investimentos para a região que ele traz junto. Veja o entorno de qualquer estádio, ele sempre recebe muitos investimentos, principalmente do governo, e também traz muitos investimentos privados, geralmente de infra-estrutura urbana, equipamentos públicos, policiamento. Acho que esse é um ponto positivo da construção.

Se Manaus não for sede, o foco dos investimentos (principalmente o privado) vai para outro lugar. Manaus vai receber o de sempre, e não conseguir as mesmas coisas da mesma forma. Acho que é uma oportunidade.”

terça-feira, 26 de maio de 2009

Boa Beluzzo!

O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Beluzzo, fez o que se espera de um dirigente sério, como ele de fato é.

Marcou para esta quarta-feira reunião com alguns membros de torcidas organizadas do Verdão para discutir o valor dos ingressos para os jogos da equipe no Campeonato Brasileiro.

A meta é chegar a um valor acessível, mas que não comprometa as receitas do clube. O que é, além de justo, possível.

“Vou discutir com eles para ver como a gente consegue equilibrar a receita com um valor menos salgado para o torcedor”, diz o presidente.

Salgado mesmo. A arquibancada para jogos do Nacional está a 40 reais, e para partidas da Libertadores, a 80 reais.

E depois reclamam que o torcedor não comparece.

Quem sabe depois dessa reunião as coisas mudam.

Lamentável

Não há outra palavra para explicar o que aconteceu nas Laranjeiras nesta terça-feira.

A torcida do Fluminense passou dos limites ao invadir o gramado para agredir os jogadores, especialmente o Diguinho, que levou um soco no estômago.

E como violência gera violência, os capangas do Flu tiveram a brilhante ideia de dar dois tiros para o alto.

Poderia ter acabado bem pior do que acabou.

Talvez se essa ira das torcidas fosse voltada contra políticos, empresários, banqueiros corruptos, o país estivesse numa melhor.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vascaínos demoram cerca de quatro horas para conseguir ingressos

Pra variar, mais um caso de desrespeito ao torcedor. Mesmo assim, a paixão pelo clube consegue ser maior do que tudo isso. Só nessa segunda, mais de 32 mil ingressos foram vendidos para o jogo entre Vasco e Corinthians, no Maracanã, quarta-feira.

Do Globoesporte.com

“Os torcedores do Vasco sofreram para conseguir entradas para o jogo contra o Corinthians, quarta-feira, pelas semifinais da Copa do Brasil. Nesta segunda-feira, em vários locais espalhados pela cidade, como no parque Terra Encantada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, cada vascaíno demorou cerca de quatro horas para comprar a entrada para o confronto.

Pela manhã, torcedores reclamaram que as vendas em São Januário começaram com duas horas de atraso, o que gerou confusão na fila. No Maracanã, a falta de organização também foi motivo de reclamação dos vascaínos. O clube alega que, em jogos no Maracanã, não é responsável pela organização das vendas.

Segundo um torcedor no Terra Encantada, no início do dia, apenas um guichê estava aberto para antender aos vascaínos que compareceram ao local. Após o meio-dia, três pessoas passaram a trabalhar na comercialização dos bilhetes.

- Estou na fila desde meio-dia e vinte. Já são mais de quatro da tarde. Isso é um absurdo. O que a gente não faz para ver o nosso time de coração – disse o advogado Carlos Eduardo, de 27 anos.

(...)

Confira os postos de venda, que funcionam das 9h às 17h:

- São Januário
- Maracanã (Bilheteria 8)
- Gávea
- Laranjeiras
- Estádio do São Cristóvão
- Terra Encantada

No dia do jogo, a bilheteria 5 do Maracanã será aberta às 18 horas.
Confira os preços:
Arquibancada verde e amarela – R$ 30 (R$ 15 meia-entrada)
Arquibancada branca - R$ 40 (R$ 20 meia-entrada)
Cadeira azul – R$ 20 (R$ 10 meia-entrada)
Cadeira Especial - R$ 120 (R$ 60 meia-entrada)”

domingo, 24 de maio de 2009

Tragédia no Calcio

Torcedor morre após queda em estádio na Itália

Do site Trivela

O torcedor do Vicenza Eugenio Bortolon, de 19 anos, morreu após cair de uma altura de vários metros no estádio Ennio Tardini, em Parma, durante partida da Serie B italiana. Bortolon não resistiu aos ferimentos e faleceu às 22h35 de sábado, horário local, em um hospital da cidade.

Segundo o último comunicado dos médicos, ele sofreu um "gravíssimo politrauma com lesões hemorrágicas". Após ser estabilizado e passar por uma cirurgia no abdômen, ele teve suas condições agravadas: "A função cardiocirculatória se deteriorou até provocar parada cardíaca".

O torcedor se desequilibrou de um balaústre que separa o setor da torcida visitante de um corredor de acesso, e caiu em um vão. Segundo testemunhas, ele bateu violentamente com a cabeça no chão. O socorro, que contou com o auxílio do médico do Vicenza, foi imediato.

A partida chegou a ser suspensa por cerca de 20 minutos, até que o jovem fosse atendido e
levado ao hospital, ainda com vida.

Neste domingo, foi respeitado um minuto de silêncio em todas as partidas na Itália.

A história se repete. Dessa vez, com mais força!

No duelo válido pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, diante do Atlético-PR, a torcida corintiana já havia protestado contra a onda da alta de ingressos que assola o Pq São Jorge.

E neste sábado, no intervalo da primeira vitória da equipe no Brasileiro-09, as críticas à cúpula alvinegra continuaram. Dessa vez com muito mais ênfase, direcionadas particularmente ao presidente Andres Sanchez, ao vice de marketing, Luis Paulo Rosemberg, e aos conselheiros de uma forma geral, que estariam se beneficiando de entradas livres no Pacaembu. Todas as organizadas alvinegras se uniram contra o mesmo alvo.

O Globoesporte.com relatou:

Do setor VIP, presidente do Timão vê protesto contra alta dos ingressos

Acompanhado do diretor de marketing Luís Paulo Rosenberg, Andrés Sanches viu as organizadas o atacarem: ‘Andrés, aqui não tem burguês’

O presidente do Corinthians, Andrés Sanches, e o diretor de marketing do clube, Luís Paulo Rosenberg, não saíram do Pacaembu completamente felizes neste sábado. Embora o Timão tenha vencido o Barueri por 2 a 1 e conquistado seu primeiro triunfo no Campeonato Brasileiro, os dirigentes viram do setor VIP do estádio um protesto de torcedores organizados contra o preço dos ingressos na era Ronaldo.

“Andrés, aqui não tem burguês”, “Ingresso mais barato, ô, ô, ô”, “Doutor, eu não me engano, 30 reais é roubar corintiano”, “Ão, ão, ão, Corinthians é povão” e “Se o ingresso não baixar, o pau vai quebrar”. Esses foram alguns dos gritos direcionados à diretoria do clube do Parque São Jorge durante o protesto.

Os protagonistas do movimento estavam todos na arquibancada, no local destinado às organizadas. Durante o intervalo, eles se aproximaram das tribunas e começaram a cantar. No setor VIP, Andrés e Rosenberg levantaram e ficaram observando, nada satisfeitos, o protesto, que acabou quando o segundo tempo foi iniciado.

No local onde esses corintianos estavam o ingresso antes da chegada de Ronaldo custava R$ 20. Passou para R$ 30. O mesmo ocorreu o tobogã. No restante do estádio, também teve aumento. A arquibancada central foi de R$ 50 para R$ 70. A numerada de R$ 70 para R$ 100. E um setor VIP, de agora R$ 180, foi criado.

Nos jogos da Copa do Brasil, a diretoria tem cobrado um valor ainda maior. Como exemplo, o setor VIP, de R$ 180, custou R$ 250 contra o Fluminense.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ingressos

A Casa do Torcedor disponibiliza hoje para os torcedores os valores e condições de compra de ingressos para os jogos da próxima rodada do Campeonato Brasileiro.

Aí vai, jogo por jogo:

Jogos de sábado – 18h30
Corinthians x Grêmio Barueri, no Pacaembu


Postos de Venda
(horário: das 11h às 17h)

Estádio do Pacaembu, Parque São Jorge, Ginásio do Ibirapuera, Estádio do Canindé (Portão 07), Ginásio de Esportes José Corrêa, Pitta Sports, Estádio Bruno José Daniel, Estádio Anacleto Campanella.

Em conjunto com as torcidas organizadas, os ingressos de Arquibancada Amarela serão disponibilizados apenas nas quadras para venda aos torcedores cadastrados na Federação Paulista de Futebol, nesses locais:

Camisa 12, Coringão Chopp, Estopim da Fiel, Gaviões da Fiel, Pavilhão 9.

Preços (inteira)

Arquibancada verde – R$ 30,00
Arquibancada Amarela – R$ 30,00
Arquibancada portão 21 – R$ 30,00
Tobogã – R$ 30,00
Visitante - 30,00
Cadeira Especial Laranja – R$ 100,00
Área VIP - 180,00.

Goiás x Internacional, no Serra Dourada

Postos de Venda

Empório Esmeraldino e Bilheteria do estádio Hailé Pinheiro (Serrinha).

Preços (inteira)

Cadeira: R$ 50,00
Arquibancada: R$ 20,00

Cruzeiro x Vitória, no Mineirão

Postos de Venda

Mineirão, Sede Campestre, Ginásio do Barro Preto, Loja Cruzeiro Mania do Barreiro, Loja Cruzeiro Mania da Savassi

Preços (inteira)

Venda antecipada
Anel inferior: R$ 15,00
Cadeira superior lateral: R$ 25,00
Cadeira superior central: R$ 35,00
Cadeira especial: R$ 50,00

No dia do jogo
Anel inferior: R$ 20,00
Cadeira superior lateral: R$ 30,00
Cadeira superior central: R$ 40,00
Cadeira especial: R$ 55,00

Jogos de domingo, 16h
Palmeiras x São Paulo, no Palestra Itália


Postos de Venda

Estádio Palestra Itália, Lojas MCS TIM, em cinco endereços. No dia da partida haverá vendas somente no estádio.

Preços (inteira)

Arquibancada - R$40
Numerada Descoberta - R$80
Numerada Coberta - R$120
Setor Visa*: R$ 100,00 (* + taxa) http://www.futebolcard.com.br/

Atlético-PR x Náutico, na Arena da Baixada

Todas as cadeiras da Arena da Baixada estão reservadas para os sócios do Atlético-PR. A diretoria apenas comercializa ingressos avulsos para poltronas nos camarotes.

Preços (inteira) e Postos de Venda

Camarote tipo A - Reta da Getúlio Vargas - R$ 250 por poltrona;
Camarote tipo B - Setor Buenos Aires - R$ 200 por poltrona;
Camarote tipo C - Setor Bueno Aires e Madre Maria 4º andar - R$ 150 por poltrona.

Grêmio x Botafogo, no Olímpico

Postos de Venda

Bilheteria da Carlos Barbosa e Bilheteria Social, só até as 13h de domingo

Preços (inteira)

Arquibancada: R$ 40,00
Cadeira Lateral: R$ 50,00
Cadeira Central: R$ 60,00

Fluminense x Santos, no Maracanã

Postos de Venda (antecipada)

Sede do Fluminense, Bilheteria 8 do Maracanã, Sede do São Cristóvão, Terra Encantada (Barra da Tijuca), Sede do Flamengo.
No dia do jogo, haverá venda apenas no Maracanã, das 12h às 16h45, em cinco bilheterias.

Preços (inteira)

Cadeira Especial: R$ 120
Arquibancada branca: R$ 40
Arquibancada verde e amarela: R$ 30
Cadeira Comum: R$ 20

Jogos das 18h30
Santos André x Flamengo, no Bruno José Daniel


Postos de Venda

Bilheteria do Bruno José Daniel, Gol de Placa, A Esportiva, Loja Jamil, Sportcenter, Secretaria do Esporte Clube Santos André, Bar do Mazinho.
No dia do jogo, haverá vendas apenas na Secretaria do clube e no Bar do Mazinho.

Preços (inteira)

Arquibancada: R$ 30,00

Sport x Atlético-MG, na Ilha do Retiro

Postos de Venda

Ilha do Retiro

Preços (inteira)
Promocional (até 12h de domingo)

Arquibancada: R$ 30,00
Arquibancada para sócio: R$ 15,00
Cadeira Sócio, Assento Especial e Ampliação: R$ 40,00
Cadeira para não-sócio: R$ 70,00

Sem promoção (domingo, depois das 12h)

Arquibancada: R$ 40,00
Arquibancada para sócio: R$ 20,00
Cadeira Sócio, Assento Especial e Ampliação: R$ 50,00
Cadeira para não-sócio: R$ 80,00

Avaí x Coritiba, na Ressacada

Postos de Venda

Bilheteria da Ressacada (Carianos), Leão Sport Shop (Conselheiro Mafra, Florianópolis), Futebol Mania (Centro, Florianópolis), Planeta Sport (Kobrasol, São José), Avaí Store (Centro, Florianópolis)

Preços (inteira)

Cadeira: R$ 100,00
Arquibancada descoberta: R$ 50,00
Ingresso menor cadeira: R$ 10,00
Ingresso menor arquibancada descoberta: R$ 5,00

Os ingressos de meia-entrada serão vendidos apenas nas bilheterias da Ressacada.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um elefante branco na Amazônia


A fauna da maior floresta tropical do mundo deve ganhar um novo animal em 2014. Um imenso elefante branco que engolirá mais de meio bilhão de reais dos cofres públicos do Estado do Amazonas.

Para colocar Manaus como sede da Copa de 2014, o governo do Amazonas, mesmo se não conseguir investidores privados, vai arcar com as despesas da reforma do Vivaldão. O custo da obra: R$ 500 milhões. Será o mais caro estádio do Brasil.

Que fique claro. Nós, da Casa do Torcedor, somos favoráveis a bons estádios, que garantam segurança e conforto ao torcedor. Mas desde que isso não signifique jogar dinheiro que deveria ser aplicado em educação, saúde, transporte no lixo.

Afinal, o que será feito com essa imponente arena depois da Copa se nenhum time do Amazonas está sequer nas três primeiras divisões do futebol brasileiro e o último clássico do estado, entre São Raimundo e Rio Negro, foi visto por 150 pagantes, ou melhor, testemunhas?

Seu triste fim será sediar shows da Ivete Sangalo.

Com informações do portal Copa 2014.

Mais um exemplo da Inglaterra

Já foi dito neste blog que a Inglaterra é um exemplo a ser seguido pelo Brasil se quisermos realmente melhorar as condições dos nossos torcedores. Antes marcados pela violência dos hooligans ou tragédias como a que matou 95 torcedores do Liverpool em Sheffield, os estádios ingleses hoje vivem lotados e sem brigas, e não têm sequer alambrado.

Reproduzo abaixo um post do blog Futepoca – Futebol, Política e Cachaça – que mostra que na terra da rainha, pelo menos nos estádios, o ser humano é muito mais respeitado do que aqui. Veja como estão anos luz à nossa frente.

Foi assim, com respeito ao ser humano, acima de tudo, que os ingleses conseguiram solucionar o problema da violência no futebol.

Ofensas homofóbicas deixam torcedores para fora do estádio na Inglaterra

Do Futepoca

“O fato, lamentável, aconteceu na Inglaterra durante o campeonato inglês do ano passado.

Durante a partida entre o Portsmouth e o Tottenham, o zagueiro Sol Campbell, do Portsmouth (foto), foi agredido verbalmente com ofensas homofóbicas por torcedores do time adversário. Acredita-se que as ofensas tenham como origem a saída do zagueiro do Tottenham, em 2001 e a sua ida à época para o rival Arsenal.

A notícia boa é que, levado o caso das injúrias homofóbicas aos tribunais, a Justiça, em decisão inédita, está identificando e condenando os torcedores pelo ato. Dezesseis homens estão sendo investigados e, destes, onze foram presos e quatro condenados a não assistirem jogos em estádios por três anos.

Mas, o assunto voltou nesta segunda-feira, 18, quando a justiça inglesa confirmou nova sentença para mais dois torcedores que participaram do ato. Ian Trow, de 42 anos, e um garoto de 14 anos, também foram proibidos por três anos de estarem presentes em jogos de futebol. A juíza do caso, Georgette Holbrook, disse, ao anunciar a sentença: "Achamos que as palavras usadas foram de extremo mau gosto, além de inapropriadas, chocantes e indecentes."

Em carta lida ao júri, o jogador afirmou: "Senti-me vitimado pelo abuso que recebi. Fiquei absolutamente desgostoso com isso, e não reagi porque temi que isso poderia deixar a situação ainda pior, causando problemas. Isso teve efeito pessoal em mim e não quero que isso continue." Além da proibição de irem a estádios, Trow terá de pagar uma multa de 560 euros, enquanto o adolescente recebeu punição condicional de um ano. O custo dos honorários advocatícios, em torno de 880 euros, também ficará a cargo de ambos, que pretendem recorrer da sentença.”

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A voz do intervalo


Mais interessante do que um bando de loucos que cantam até ficar roucos, e não pararam, não pararam, não pararam de apoiar o time do Corinthians, que conquistou a vantagem mínima, mas muito relevante dentro dos moldes da Copa do Brasil diante do Fluminense, na noite/madrugada da última quarta, foram os 15 minutos do intervalo.

Boa parte dos Gaviões da Fiel não perdoou o aumento abusivo do preço dos bilhetes para o duelo em questão, válido pelas quartas-de-final do mata-mata nacional e criticou a diretoria do clube do Parque São Jorge.

"Doutor, eu não me engano, 30 reais é roubar corinthiano" e "Ei, Andres, aqui não tem burguês" foram alguns dos coros entoados, em meio a faixas referentes ao "Time do povo".

Para a arquibancada do portão principal, a mais "popular", anteriormente cobrada R$20,00, houve um acréscimo de R$10,00. Já a especial laranja subiu de R$ 70 para R$ 100. O ingresso para cadeira descoberta custou R$ 150 (antes era R$ 100) e o setor vip passou a valer R$ 250, diante dos R$ 150 cobrados inicialmente.

O público pagante foi de 29.752, gerando uma renda de R$ 1.196.410,00.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Arenas = adeus torcidas organizadas?

Manutenção de torcidas organizadas em modelos de arena está condicionada a adaptação cultural

Dirigentes veem impossibilidade de adequar espaço específico a grupos majoritários

Da Universidade do Futebol

É senso comum: há uma clara marginalização por parte da grande imprensa dos movimentos de torcidas organizadas. Em se colocando numa balança os prós e contras desses grupos, a queda é para o último. Motivo pelo qual, pelo menos oficialmente, o “privilégio” é do torcedor-consumidor “comum”, ainda mais em tempo de construção espaços modernos e cuja funcionalidade é mais ampla.

“Não há espaço para a organizada. Ela será minha convidada, mas ficará sentada. Não há condições de deixar um espaço com cimento, por exemplo. É uma questão cultural difícil de superar e que tem de ser lidada ao longo do tempo”, afirmou Vicente Criscio, diretor de planejamento do Palmeiras

A referência do cartola alviverde é a uma conversa que chegou a ter com alguns integrantes de uma das “facções” (palavra geralmente usada com sentido pejorativo para indicar essas instituições). Eles teriam sugerido a manutenção de uma parte da Arena Palestra Itália, projeto de revitalização do atual estádio do Parque Antarctica, sem qualquer tipo de cadeira ou assento, para que o grupo sustentasse suas características de assistir à partida em pé, movimentando-se e pulando, sem deteriorar a estrutura concebida. Acesso negado.

Situação parecida passou a direção do Atlético-PR. A principal torcida organizada do clube rubronegro, conhecido como “Os Fanáticos”, paga para entrar – anteriormente, havia o tradicional “repasse” de bilhetes. A partir do 1999, iniciou-se a venda de carnê de ingressos, mas a agremiação nunca havia conseguido superar a marca dos três mil. E o sonho de ter no fluxo do caixa tudo vendido tornou-se realidade para esta temporada.

“Mudamos o nome para sócio-torcedor, por mês, e hoje não há mais bilhetes à venda. O estádio inteiro está na mão dos sócios, e você precisa entrar na fila para se tornar um. Mudamos o perfil do frequentador da Arena”, explicou Mauro Holzman, ex-diretor de marketing do Atlético-PR e que esteve envolvido na concepção da Kyocera Arena, na Baixada.

No ano passado, o Botafogo findou esse tipo de interação e anunciou o fim das facilidades na venda de ingressos para essas associações. Todos os simpatizantes do Botafogo, desde então, pagam o mesmo valor pelo bilhete de entrada nos jogos do time.

Fúria Jovem, Torcida Jovem do Botafogo, Botachopp, entre outras, tinham direito a comprar ingressos pela metade do preço, baseado em acordo firmado com as diretorias passadas em General Severiano.

“Não tem porque beneficiar um determinado grupo. Se pudesse fazer isso com todos, tudo bem, mas não tem como. Não é justo eu dar facilidades para uma minoria”, declarou Bebeto de Freitas, então presidente da agremiação carioca.

“Já damos um monte de coisas boas aos torcedores. Sistema de policiamento reforçado, transporte, ingresso pela internet, e ainda querem isso? Não acho isso correto. Eu mesmo sempre paguei pelo meu bilhete, fui lá na arquibancada e sofri junto com todo mundo”, completou, enaltecendo a qualidade do Engenhão, palco do Bota quando atua como anfitrião.

Participantes do debate “Os impactos econômico-sociais e as oportunidades de negócios da Copa do Mundo de 2014”, realizado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), também comentaram sobre um outro ponto que causa complicações ao rendimento via bilheteria: a meia-entrada.

“O índice [de meia entrada] está diminuindo no Palmeiras. O torcedor quer pagar menos, mas assistir a Palmeiras e Boca Juniors na final da Libertadores com conforto e pagar o que pagava. Não vai pagar mais”, avisou Criscio.

Diferentemente do rival paulista, o Atlético-PR não é um clube social – toda essa área foi vendida e o associado só se utiliza do moderno estádio, levantado com base no caderno de encargos da Fifa do ano de 1997. Mas tem de reparar “problemas” nessa esfera que envolve estudantes, aposentados e outros beneficiados.

Na avaliação de Holzman, para um crescimento conjunto dos clubes, há necessidade até de um posicionamento mais crítico em relação à mídia e ao investimento em marketing esportivo. É o caso da Globo, por exemplo, “ignorando” a empresa de manuseio de documentos digitais que dá o nome à famosa Arena da Baixada.

Negócios à parte, para não repetir 2002 e de acordo com as limitações e particularidades culturais do país, o Comitê Organizador da Copa-2014, em conjunto com os clubes, tem de planejar com correção o pontapé inicial em novas obras. Do contrário, elefantes brancos.

“Japão e Coréia foi a Copa de vaidades. Na maioria dos estádios do Japão acontecem poucos eventos. Construíram dez novos, usaram apenas oito, e eles estão com alguns problemas lá, em um país riquíssimo. Teremos uma competição mais tranquila, certamente”, previu Holzman.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Casa do Torcedor é indicada no Destak RJ

Salve rapaziada,

A edição do Rio de Janeiro do Jornal Destak desta segunda-feira indicou, na seção “Blog do Leitor”, a Casa do Torcedor.

Segue o texto do jornal:

Blog do Leitor
http://www.casadotorcedor.blogspot.com/
O blog Casa do Torcedor tem como tema principal o futebol, mas conta com uma abordagem diferente. A página traz uma análise de como está a situação dos principais estádios do país e não deixa de lado diversos problemas encontrados pelos torcedores: longas filas, cambistas, ingressos falsos, etc. O Destak publica sites ou blogs de leitores ou indicados por eles. Mande sua página.

É isso aí, o agradecimento vai para todos os torcedores que colaboram com esse projeto.

Para acessar a edição digital do Destak do Rio, basta clicar aqui. A indicação do blog está na página 15, na seção Seu Destak, do dia 11 de maio.

Tirei também uma printscreen da página. Segue aí:

O mal de Gobbi

O diretor de futebol do Corinthians Mário Gobbi Filho parece não conhecer a realidade do brasileiro e, principalmente, dos torcedores do clube que dirige. Algo estranho para uma diretoria que adora fazer demagogia dizendo que Corinthians é o “time do povo” e que os outros clubes são de elite.

Sobre as críticas da torcida corintiana para os preços dos ingressos para as partidas no Pacaembu, Gobbi falou: “O ingresso está caro? Está barato. Aliás, está muito barato. O futebol é muito caro.”.

Para as quartas-de-final da Copa do Brasil e para todos os jogos do Brasileirão, os ingressos para arquibancada, setor família e tobogã subiram de R$ 20,00 para R$ 30,00, um aumento de 50%.

O pensamento de Gobbi infelizmente é comum entre dirigentes de clubes e até na imprensa esportiva. Acreditam que o torcedor deve pagar pelos salários astronômicos dos jogadores e pelas dívidas oriundas de suas gestões ruins.

Assim, elitizam o futebol e afastam o verdadeiro torcedor dos estádios. Se para quem está desempregado ou ganha um salário mínimo já é difícil poder pagar 20 reais por um ingresso de jogo de futebol, 30 reais, então, é impossível.

Obviamente os clubes devem buscar maneiras de formar equipes competitivas. E as bilheterias devem sim ser uma dessas fontes de renda, mas isso não quer dizer que deve haver necessariamente um reajuste do preço dos ingressos.

Com ingressos mais baratos, mais torcedores vão aos estádios, empurram o time e o ajudam a conseguir melhores resultados.

Estádios cheios atraem mais e melhores patrocínios, além de conservarem a essência do futebol brasileiro: o fato de ele ser um esporte popular.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cadastramento de torcedores “comuns” não passa na Câmara

A medida, sem dúvida, mais polêmica do projeto de Lei do Executivo que altera o Estatuto do Torcedor foi rejeitada pela Câmara dos Deputados na última quarta.

O cadastramento do torcedor comum, que obrigaria todas as pessoas que quisessem assistir a uma partida de futebol em um estádio a portar uma carteirinha, não foi aprovado.

Para relembrar um pouco dessa polêmica, recomendo este nosso post, sobre um texto de um colunista da Folha de S.Paulo sobre o assunto.

Mas este foi o único ponto da proposta do Executivo que não passou. Todos os outros foram aprovados, como o cadastramento das torcidas organizadas, a criminalização de atos de violência em estádios e as punições a cambistas.

Agora, o projeto ainda tem que passar pelo Senado e pela sanção do presidente Lula.

A expectativa do ministro do Esporte Orlando Silva é de que a matéria seja aprovada ainda no primeiro semestre deste ano para começar a vigorar ainda em 2009. Ele vai pedir para que ela seja analisada em regime de urgência pelo Senado.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Corinthians se esquiva no caso dos ingressos falsos

Clube empurra para a BWA o ônus pelos bilhetes falsificados na final do Paulista.

Empresa diz ter feito seu trabalho, mas sugere que sistema "mais moderno" poderia ter evitado a fraude na decisão no Pacaembu.


Da Folha de S.Paulo

Um dia depois da grande confusão provocada pela enxurrada de ingressos falsos na decisão do Paulista, Corinthians e BWA, a empresa que confecciona e comercializa os bilhetes, fazem jogo de empurra na apuração dos culpados pelos transtornos no jogo.

O clube, apesar de mandante da final contra o Santos, no Pacaembu e, de acordo com o Estatuto do Torcedor, ter responsabilidade pelo o que ocorre na partida, se exime de qualquer culpa relacionada às entradas falsas e joga para a empresa que contratou o ônus do caso.

Já a BWA diz ter feito seu trabalho e aproveita a confusão para promover seu mais moderno sistema de venda e controle de bilhetes, classificando-o como a única coisa capaz de evitar novos tumultos como os de anteontem, no estádio municipal paulistano.

"Os ingressos não chegam nas nossas mãos. A venda, o controle nas catracas, tudo é feito pela BWA", afirma Lúcio Blanco, supervisor de arrecadação do Corinthians. "Só recebo os ingressos que peço para setores especiais, como para a venda dos pacotes da Timão Tur", complementa.

Segundo Blanco, o clube pretende conversar com a empresa para apurar o que ocorreu.

Para Bruno Balsimelli, executivo da BWA, a única solução para evitar novos problemas com venda de ingressos falsos é a implantação do sistema desenvolvido pela empresa, que usa um cartão recarregável e pessoal, adquirido pelos torcedores após um cadastramento no site da Ingresso Fácil.

"No domingo, 170 já utilizaram esse sistema para ver a final", diz Balsimelli.

O empresário contesta o alto número de ingressos falsos. Segundo ele, pouco mais de 10 pessoas deram queixa no Jecrim. "Elas disseram que haviam adquirido nas bilheterias, na quarta-feira à tarde. Mas as bilheterias fecharam por volta de 9h30 da manhã. Depois, confessaram que compraram de cambistas", afirmou.

A versão é confirmada por Lúcio Blanco, exceto pelo horário do término das vendas. Segundo o dirigente corintiano, as bilheterias fecharam entre 11h30 e 12h da quarta-feira.

Os ingressos falsos, segundo Balsimelli, teriam sido confeccionados em Santos.
Tudo isso gira em torno de uma partida em que o Corinthians pagou mais caro para a BWA lhe prestar os serviços relacionados a ingressos.

Segundo o borderô divulgado ontem no site de Federação Paulista de Futebol, o clube debitou R$ 178.388,50 da renda como custo de ingressos. Isso equivale a mais de R$ 5,00 por entrada vendida.

O custo do duelo derradeiro do Paulista para o Corinthians, como mandante, foi bem mais alto do que, por exemplo, o jogo em que o time recebeu o São Paulo, no mesmo estádio e contratando os serviços da mesma empresa, pelas semifinais.

No jogo de ida dos primeiros mata-matas, diante do time do Morumbi, a BWA cobrou R$ 108.026,00 pelo serviço, conforme também consta no borderô oficial daquele jogo. Isso significa que a empresa recebeu pouco mais de R$ 3,50 por bilhete vendido naquela semifinal do Paulista.

domingo, 3 de maio de 2009

Torcedores têm problemas com ingressos falsos no Pacaembu

Reclamações vinham de bilhetes comprados nas bilheterias e de cambistas; PM não soube dizer quantos

Do Jornal da Tarde

SÃO PAULO - Muitos torcedores que foram ao Estádio do Pacaembu com ingressos na mão não conseguiram entrar no palco da decisão entre Corinthians e Santos neste Domingo porque seus bilhetes eram falsos. As reclamações vinham de todos os fornecedores: tanto de ingressos comprados nas bilheterias quanto de cambistas.

Um bilheteiro - que não quis informar o nome - disse que a situação estava bem difícil porque "de cada 20 pessoas que tentavam entrar por aqui, pelo menos uns 4 vem com ingresso falso".

O tenente Razuk, um dos responsáveis pelo policiamento no local, não soube dizer quantas pessoas haviam sido impedidas de entrar pelos ingressos falsos, mas dizia que "muita gente" teve problemas. "Com certeza, mais de 300 só aqui no meu setor", conta.

Todos os torcedores que tiveram problemas foram orientados a fazer Boletim de Ocorrência e procurar o Procon.

Mesmo com os problemas envolvendo bilhetes, muitos cambistas atuavam no entorno do Pacaembu. Um dos cambistas abordados pela reportagem do Jornal da Tarde queria R$ 150 por uma entrada de arquibancada. Disse que conseguiu os ingressos de uma "sobra", sem detalhar.

................................................................................

O ministro dos Esportes Orlando Silva, que esteve presente na final, comentou o caso com a Gazeta Press.

“Um ingresso falsificado que seja já seria grave. A polícia tem de abrir inquérito policial. As pessoas que estão com ingressos falsos precisam dar informações para contribuir com a investigação”, disse o ministro.